Ostensivamente glamourizada, a Lavo Jato parece fadada a ferrar a Petrobras e empresas brasileiras
Hoje eu não tenho mais dúvida: todo esse aparato escandaloso que faz da Operação Lava Jato a vedete da mídia visa reduzir a Petrobras a pó, na mesma proporção que um Aécio Neves insano e sem futuro faz o diabo para derrubar Dilma e Temer, abrindo espaço para uma revanche eleitoral em que ele espera ganhar. (Se chegar a 2018, não terá vez, por que a fila anda também no tucanato).
De quebra, a quebradeira das empreiteiras brasileiras por
conta dos malfeitos dos seus executivos já começa a favorecer grandes
multinacionais, como a canadense Brookfield, que está assumindo a parte
da OAS na Invepar, gestora das concessões do Metrô do Rio, Linha Amarela e do
Aeroporto de Guarulhos. A OAS,
investigada na Lava Jato, já está em "recuperação judicial".
Neste caso, o juiz Sérgio Moro está excedendo ao irradiar
para a empresa atos da responsabilidade de diretores. Como soi acontecer, os executivos vão acabar
se saindo bem, com o deles garantido, em
prejuízo dos milhares de trabalhadores que já estão "na onça", a pão
e água. Muitas dessas construtoras
desbancaram as multinacionais em países que estavam antes em seu poder, e isso
parece pesar nesse arredondamento dos delitos.
Por falar em mercado do trabalho, só a Odebrecht mantinha
até outro dia 200 mil EMPREGOS DIRETOS, aqui e além fronteiras, onde muitos
brasileiros estão ganhando em dólares de olho no amanhã por aqui.
No ataque à Petrobrás, os entreguistas não têm cerimônia: tramita
no Senado à velocidade máxima o projeto do senador José Serra que a retira
virtualmente do filé mignon do pré-sal, algo que vale o equivalente a quase
três anos do Orçamento da República. Veja, a propósito, a imagem de Fernando Brito,
do Tijolaço.
Vale perguntar: e como vão os processos do metrô de SP, da
sonegação que rendeu fortunas a membros do Conselho de Contribuintes, da evasão
de grana para a Suíça?
Não se fala mais neles: em compensação Moro, um juiz federal
de primeira instância do Paraná, onde a Lava Jato ficou pendurada não sei por
que, virou o pontífice do judiciário brasileiro. E ai de quem atravessar em seu
caminho.
Francamente, tem caroço nesse angu.